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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

John Wick - Um Novo Dia para Matar

Sinopse: Após recuperar seu carro, John Wick (Keanu Reeves) acredita que enfim poderá se aposentar. Entretanto, a reaparição de Santino D'Antonio (Riccardo Scarmacio) atrapalha seus planos. Dono de uma promissória em nome de Wick, por ele usada para deixar o posto de assassino profissional da Alta Cúpula, Santino cobra a dívida existente e insiste para que ele mate sua própria irmã, Gianna (Claudia Gerini).

Elenco:

Keanu Reeves
Personagem : John Wick

Common

Personagem : Cassian

Laurence Fishburne

Personagem : Rei

Riccardo Scamarcio

Personagem : Santino D’Antonio

Ruby Rose

Personagem : Ares

Lance Reddick

Personagem : Charon

Bridget Moynahan

Personagem : Helen Wick

John Leguizamo

Personagem : Aurelio







Diretor: Chad Stahelski


Já virou de praxe atores mais veteranos embarcarem em franquias próprias onde são geralmente ex-agentes, ex-soldados ou algum especialista. Suas práticas com armas, suas capacidades de desarmar bombas ou o mais importante, suas impressionantes lutas, fazem com que a gente queira sempre que um pobre coitado de um inimigo cruze o caminho deles.

Keanu Reeves entrou para o mesmo "time" de Liam Neeson, que tem seu Busca Implacável já com uma legião de fãs, ou então Bruce Willis, que apesar de Duro de Matar ser um clássico do cinema, podemos dizer que Duro de Matar 4 e 5 entraram para esses filmes do herói sênior e também podemos incluir Silverster Stallone com sua franquia de Os Mercenários. E o exemplo máximo, Harrison Ford, que apesar de não ter iniciado uma franquia dessas, voltou com personagens ícones de sua carreira, como Indiana Jones, Han Solo ou Blade Runner para que esses filmes tenham continuações.

Está certo que o primeiro filme de John Wick, de 2014, não foi assim muito chamativo logo de cara, e me impressionou mais ainda de aqui no Brasil chamarem o filme de De Volta ao Jogo (eliminando o nome John Wick do título), e não de John Wick - A Vingança do Beagle ou então John Wick - Cara, Cadê Meu Carro?

Conferi o primeiro filme e gostei muito, é declaradamente uma intenção de dar a Keanu Reeves uma franquia, um filme que lembrou os clássicos de ação com uma referência a games como GTA,  claro também que aproveitando todo seu sucesso na década de 1990 e no início de 2000. A sequencia veio esse ano já mostrando que o primeiro trabalho agradou os produtores e realmente teve um roteiro envolvente que nos fez criar um vínculo com o personagem e entender suas intenções. Minha única crítica na ocasião foi o excessivo mistério quanto ao seu passado, o que não era tão necessário, já que o filme deu motivos suficientes para John Wick voltar a ativa.

Esta sequencia nos traz surpresas muito agradáveis, como mostrar Keanu Reeves em cena novamente com Laurence Fishburne, Neo e Morpheu de Matrix juntos de novo, chega a arrepiar.


O diretor Chad Stahelski conseguiu nesta sequencia, trazer todos os pontos positivos do primeiro filme, ampliando o universo da trama para as motivações do protagonista. O visual do filme também se desprendeu daquela obrigação de luzes, locais e efeitos que caracterizam boates, galpões e outros. Aqui a linguagem chega mais como cenários clean ou um pouco futurista. A luz e cores do filme agradam demais.

O maior trabalho dessa sequencia, é mostrar o quanto o diretor Chad Stahelski e Keanu Reeves se preocuparam mais em trazer uma referência forte do cinema chinês, algo que declaradamente ambos são fãs, onde os movimentos corporais e expressões são muito mais fortes e importantes do que diálogos profundos. Keanu Reeves fala pouco e todos os outros parecem vilões de James Bond onde todos conhecem o herói e não cansam de repetir seu nome.

John Wick é um especialista, um assassino nato que, assim como os heróis veteranos em novos filmes, procura descanso e aposentadoria, esta é a maior arma para criar um vínculo com o público, mostrando ele ter dificuldades de ligar o carro ou sujar as mãos, enfim. Mesmo assim, em um filme como esse, não é necessário acreditar que metade do mundo é feito por cidadãos assassinos treinados, nem mesmo acreditar na minha sequencia favorita onde John Wick troca tiros silenciosos com seu rival em uma estação de trem lotada e ninguém percebe. O filme também se supera ao mostrar os contrastes arquitetônicos do extremo antigo de Roma com os ultra-modernos de Nova York.

Não é necessário dizer para nos desprendermos do real, um filme como de John Wick é cercado de exageros, de capacidades físicas e profissionais fora do normal onde um cinquentão consegue derrotar vilões mais jovens e em maior número. Aqui o público abraça o filme assim como abraçou Os Mercenários, Duro de Matar, Busca Implacável e também ao menos conhece o vídeo game GTA. Será certamente uma trilogia e se continuar assim, como foram os filmes de 2014 e 2017, o terceiro filme virá também para agradar.

TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

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